
O presidente Obama esteve em visita na Grécia na terça-feira (15)
no âmbito do seu tour final como líder dos EUA antes de Donald Trump
entrar em funções em Janeiro de 2017. A visita foi marcada por
confrontos entre manifestantes e polícia.
O analista político da Sputnik Internacional Dmitry Babich disse a Brian Becker do serviço inglês da Rádio Sputnik que Obama tomou uma má decisão de visitar Atenas porque "a Grécia ainda deve 320 bilhões de euros aos seus credores".
O analista político da Sputnik Internacional Dmitry Babich disse a Brian Becker do serviço inglês da Rádio Sputnik que Obama tomou uma má decisão de visitar Atenas porque "a Grécia ainda deve 320 bilhões de euros aos seus credores".
"Toda a enorme dívida foi acumulada durante [a presidência de]
George W. Bush, mas o problema não foi resolvido durante a presidência
de Obama", ele disse. "O senhor Obama pode ser famoso entre as
autoridades da União Europeia (UE), mas ele não é popular entre o povo
grego. Por isso, temos esta manifestação com quatro mil pessoas em
Atenas devido à visita de Obama".
Segundo a mídia dos EUA, Obama tenta reafirmar os laços estáveis
dos EUA com a UE e a OTAN. Babich frisou que o objetivo principal é
manter os laços com as autoridades europeias, mas não com a população.
"Ontem, o senhor Obama pressionou o primeiro-ministro grego, Alexis
Tsipras, para que ele apoie as sanções contra a Rússia, em sinal da
solidariedade com os outros países da UE. E Tsipras concordou em manter
as sanções", disse Babich.
"Mas esta decisão, com certeza, não é popular na Grécia, porque o
povo grego, como muitos outros na Europa, não entende o objetivo destas
sanções. Obama quer que a Rússia abandone a Crimeia e a devolva ao
regime ucraniano de Kiev? Isso não vai acontecer".
Há outras decisões de Obama que são populares entre as autoridades dos EUA, mas não entre os europeus comuns, sublinha.
Há outras decisões de Obama que são populares entre as autoridades dos EUA, mas não entre os europeus comuns, sublinha.
Quanto às preocupações da OTAN sobre a mudança da política exterior
dos EUA e a confiança na aliança depois da vitória de Trump nas
eleições presidenciais, Babich apontou que ele não vê valor da aliança,
porque ela já não é "o garante da paz, liberdade e prosperidade na
Europa".
"Vejamos as ações recentemente realizadas pela OTAN. A Líbia foi um
sucesso? Não, a Líbia é uma confusão agora. A Ucrânia foi um sucesso?
Não, porque, na verdade, o apoio ao golpe em Kiev pelo senhor Obama
aumentou a ameaça de uma guerra nuclear entre a Rússia e os EUA", disse
ele. "Assim, a Aliança Atlântica não protege mais a Europa. Há uma
suspeita forte que a OTAN quer que a Europa seja menos segura".
Os eleitores europeus e americanos entendem e estão zangados com a
nova militarização da OTAN na Europa, adicionou, e isso explica
parcialmente porque Trump foi eleito e porque Obama é recebido com
manifestações de protesto.
"O senhor Obama reacendeu a ameaça de guerra nuclear, ele devastou a Líbia e a Síria, não estabelecendo as democracias como prometera. Assim, muitos os europeus e americanos começam a perguntar: 'Necessitamos da OTAN?' 'A OTAN protege-nos?'".
"O senhor Obama reacendeu a ameaça de guerra nuclear, ele devastou a Líbia e a Síria, não estabelecendo as democracias como prometera. Assim, muitos os europeus e americanos começam a perguntar: 'Necessitamos da OTAN?' 'A OTAN protege-nos?'".
Fonte: Spuntik