
O poder militar dos EUA está diminuindo sem parar, escreveu o
vice-presidente do Instituto Lexington, Dan Goure, em um artigo para a
revista The National Interest.
Assim, nas tropas terrestres do exército americano prestam hoje serviço 479 mil soldados (o menor número de sempre desde a Guerra Fria); ficaram apenas 30 brigadas, um terço menos de que três anos atrás.
Assim, nas tropas terrestres do exército americano prestam hoje serviço 479 mil soldados (o menor número de sempre desde a Guerra Fria); ficaram apenas 30 brigadas, um terço menos de que três anos atrás.
A Marinha dos EUA tem ao seu dispor 273 veículos, o mesmo número
com que os EUA entraram na Primeira Guerra Mundial em 1917. A Força
Aérea conta com 5 mil aeronaves, menos do que tinha depois da Segunda
Guerra Mundial em 1947.
Em geral, as capacidades das tropas terrestres, da Marinha e da
Força Aérea dos EUA diminuíram em cerca de 40%, se compararmos com o fim
da Guerra Fria, estima o especialista. Dan Goure indica um exemplo
curioso: em 1972, durante as incursões no Vietnã, os Estados Unidos
perderam cerca de 20 bombardeiros A-52, no entanto, se os aviões
derrubados naquele tempo eram "uma percentagem insignificante da frota
aérea americana", hoje em dia a perda do mesmo número de bombardeiros
significaria a perda de 10% do total. Se isso acontecesse, a aviação
seria "completamente dessangrada", escreve o autor. "
No auge da Guerra Fria, na década de 1960, os EUA adotaram a doutrina segundo a qual o exército norte-americano poderia, caso necessário, fazer a guerra em simultâneo com a União Soviética e a China e com qualquer outro país.
No auge da Guerra Fria, na década de 1960, os EUA adotaram a doutrina segundo a qual o exército norte-americano poderia, caso necessário, fazer a guerra em simultâneo com a União Soviética e a China e com qualquer outro país.

Atualmente há uma tendência perigosa: a necessidade de poder militar está crescendo, mas a capacidade militar do país está diminuindo, acredita o especialista.
O manual do Departamento da Defesa norte-americano anunciou a lista
de ameaças estratégicas para os EUA: é a Rússia, China, Coreia do
Norte, Irã e o terrorismo islâmico. Qualquer conflito regional com os
dois primeiros países da lista provavelmente não será "regional".
Para além disso, os EUA mantiveram por muito tempo a sua
superioridade tecnológica, mas agora esta está sendo nivelada
significativamente por meio dos esforços da Rússia e da China no
desenvolvimento "de respostas adequadas" às armas de alta tecnologia
norte-americanas, diz a publicação. Mesmo a Coreia do Norte (que não há
muito tempo se tornou potência nuclear) tem a capacidade de atacar as
bases militares dos EUA na Ásia, e o raio de destruição dos mísseis
iranianos abrange quase todo o Oriente Médio.
Existe uma alta probabilidade de que, em caso um grande conflito regional com a participação dos EUA, as perdas poderão ser surpreendentemente altas. Na realidade, as Forças Armadas americanas já não têm a superioridade em número e qualidade do poder militar, conclui o autor do artigo da revista The National Interest.
Existe uma alta probabilidade de que, em caso um grande conflito regional com a participação dos EUA, as perdas poderão ser surpreendentemente altas. Na realidade, as Forças Armadas americanas já não têm a superioridade em número e qualidade do poder militar, conclui o autor do artigo da revista The National Interest.
Fonte: Sputnik