Meu Comentário: Este artigo foi escrito pelo brasileiro, Rodrigo Silva, autor do livro recém lançado, “The Coming Bible Prophecy Reformation” (o qual pode ser adquirido na Amazon, aqui). Eu tive o prazer de adquirir este livro no dia do seu lançamento e o recomendo fortemente para todos os que estudam as profecias relacionadas ao tempo em que vivemos. É interessante notar que esse artigo foi escrito há quase 6 anos, em 20/12/2008, muito antes de vermos os movimentos geopolíticos na região do Iraque, do antigo Império Babilônico, aos quais, ainda em 2008 o autor do artigo já apontava que tais movimentos poderiam ocorrer. Recomendo novamente, que adquira o livro do Rodrigo, pois pelo que li de sua obra, ele faz muitos adendos que elucidam ainda mais os assuntos aqui abordados e com muito mais profundidade, já abrangendo os últimos eventos importantes, do ponto de vista escatológico, que temos visto no decorrer dos últimos anos até aqui, em 2014. Além disso, o livro trata de muitos outros temas que vão bem além do assunto abordado neste artigo.
por Rodrigo Silva,
por Rodrigo Silva,
Em Apocalipse 17, lemos uma das passagens mais misteriosas em toda a Bíblia. Leia a seguir:
“E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição.” (Apocalipse 17:11)
Quem é essa besta que era e não é, que é o oitavo e procede dos sete? Você pode até levantar a questão: Sete de quê? Os dois versículos antes de Apocalipse 17:11 nos dizem que:
“Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco.” (Apocalipse 17:9-11)
Ao que todo esse simbolismo está se referindo?
A passagem nos diz que as sete cabeças da besta representam sete montes, sobre os quais se assenta a prostituta. Os sete montes, nos é dito, representam sete reis. Na época de João, cinco destes reis tinham caído, um existia na época de João e outro rei viria após a época de João. A besta, nos diz a passagem, é o oitavo rei, mas procede dos sete. Como pode a besta ser o oitavo rei e ainda proceder de um dos sete? A resposta está em Apocalipse 13, onde lemos:
“Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta;” (Apocalipse 13:3)
De acordo com este versículo, uma das sete cabeças da besta sofreu uma ferida mortal, mas esta ferida mortal foi curada fazendo o mundo se surpreender. Isso levanta a questão: Como as sete cabeças da besta representam sete montanhas, que por sua vez representam sete reis; quem são esses reis e qual será o rei que vai ser representado pela cabeça ferida que é curada e volta à vida? Estes reis representados por montanhas são sete impérios, pois a Bíblia em várias passagens nos diz que as montanhas representam reinos. Em Jeremias lemos:
“Pagarei, ante os vossos próprios olhos, à Babilônia e a todos os moradores da Caldéia toda a maldade que fizeram em Sião, diz o SENHOR. Eis que sou contra ti, ó monte que destróis, diz o SENHOR, que destróis toda a terra; estenderei a mão contra ti, e te revolverei das rochas, e farei de ti um monte em chamas.” (Jeremias 51:24-25)
Nesta passagem, Deus compara o Império Babilônico a uma montanha. Em Daniel também lemos que, quando Cristo estabelecer o seu reino, será como uma grande montanha enchendo toda a terra (Daniel 2:35,44). Temos que nos lembrar que um reino e um rei são vistos como um só, não como separados uns dos outros. Ao referir-se ao Império Babilônico, Daniel disse ao rei Nabucodonosor que ele era a cabeça de ouro (Daniel 2:38).
Então, quem são estes sete reinos que são mencionados em Apocalipse 17? Estes são os sete impérios que tinham e que teriam influência sobre o povo e a terra de Israel, como se pode notar, do ponto de vista de Deus, esses reinos não são sobre quem conquistou quem, como os Persas que conquistaram a Babilônia e como os Gregos que conquistaram a Persia, mas sobre quem temautoridade sobre o povo e a terra de Israel.
Agora podemos identificar os sete impérios que tiveram e que terão autoridade política sobre o povo e a terra de Israel.
1. Império Egípcio, que perseguiu o povo de Israel durante a época do Êxodo
2. Império Assírio, que levou o reino do norte de Israel em cativeiro
3. Império Babilônico, que levou o reino do sul de Judá para o cativeiro
4. Império Persa, que quase destruiu os judeus através de Hamã de acordo com o livro de Ester
5. Império Grego, que profanou o Templo Judeu através do rei selêucida Antíoco Epifânio
Estes são os cinco reis ou reinos que haviam caído na época de João.
6. Império Romano, que destruiu Jerusalém e dispersou os judeus no ano 70 d.C.
Este é o rei ou reino que “é“, quando João estava recebendo a visão de Apocalipse 17.
O problema é identificar o sétimo que ainda não havia chegado, mas que quando ele vier, vai continuar por um curto espaço de tempo. Em meus outros artigos eu identifiquei este reino com o Império Otomano, que controlava a terra de Israel. É possível que este sétimo reino também poderia se referir à expansão árabe ou islâmica do século VII que também controlava a terra de Israel. Também é possível que nem o Império Otomano, nem o Império Árabe estejam em vista, mas a vinda da confederação de dez nações que são representados pelos dez chifres da besta. Não podemos saber se essa confederação de dez reis terão influência sobre a terra e o povo de Israel antes do surgimento do Anticristo.
A besta que será o oitavo é também um dos sete. Isso significa que a besta que representa um dos sete reinos voltará no futuro, como um império revivido. Alguns dizem que a besta é um homem, mas em Daniel 7, lemos que uma besta representa um reino, até mesmo que a cabeça do reino também pode ser identificado como a besta, pois ele é o governante do reino. Nossa tarefa agora é identificar qual dos sete reinos será revivido e que retornará como o oitavo animal que vai para a destruição.
Muitos estudiosos de profecias dizem que a cabeça curada da besta é o renascimento do Império Romano. Isso é impossível, porque o anjo diz a João no Apocalipse que a besta que deveria ser revivida, “não era” durante o tempo da revelação do livro do Apocalipse, em outras palavras, esta besta já tinha sido e já não existia à época de João. O Império Romano foi o sexto reino e a besta deveria ser um dos cinco que já tinham caído. Aqui está o versículo novamente:
“E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição.” (Apocalipse 17:11)
O anjo diz a João que o animal “era e não é“, ou seja, já era história passada. O Império Romano era o reino que estava no poder à época, portanto, a besta que era história passada, voltaria novamente como o oitavo reino. Isso nos deixa com cinco opções, a partir dos cinco reinos que já tinham existido e passados quando João estava recebendo a visão. Estas cinco opções seriam:
1. Império Egípcio
2. Império Assírio
3. Império Babilônico
4. Império Medo-Persa
5. Império Grego
Um desses cinco reinos deve ser a besta que será o oitavo rei, que era um dos sete. O texto em Apocalipse diz que a besta, que é o oitavo, vai para a destruição. A palavra traduzida comodestruição é a palavra grega apolea, que literalmente significa “destruição total” e “destruição que consiste de miséria eterna no inferno“, segundo a definição de ‘Strong’. Isto significa que este reino revivido e seu governante vão sofrer a destruição eterna para nunca serem ouvidos novamente. Para o Egito não é prometido a destruição eterna, em Isaías 19 lemos que, apesar do juízo de Deus sobre o Egito, a nação ainda existirá no Milênio, de acordo com Isaías 19:23-25.
Em meus outros artigos eu apresentei a Assíria como a cabeça revivida, já que o Anticristo é chamado de ‘o assírio’. Embora Deus prometa destruir o assírio, o Anticristo, em Isaías 14:25, e de destruir o orgulho da Assíria de acordo com Zacarias 10:11 e de consumir a terra da Assíria à espada, de acordo com Miquéias 5:5-6, a própria Assíria não sofrerá a destruição total e eterna, uma vez que também será uma nação no Milênio, de acordo com Isaías 19:23-25.
A Persia é mencionada como um dos inimigos de Israel nos últimos dias e como um dos aliados do Anticristo, mas à Persia não está prometido a destruição eterna. Desde que o Império Grego foi dividido em quatro cabeças, como é visto no leopardo de Daniel 7, é difícil concluir que o Império Grego voltará para sofrer a destruição eterna. Podemos presumir que a dinastia selêucida poderia ser revivida de alguma forma, já que é dito que o Anticristo viria da dinastia selêucida do Império Grego.
O Anticristo é chamado de ‘rei do norte‘, em Daniel 11:21-45, e de ‘o rei feroz de semblante‘, em Daniel 8:23. Essas passagens referem-se a um governante da divisão selêucida do Império Grego no tempo do fim. O problema é que a divisão selêucida do Império Grego ocupava um território muito grande, incluindo a moderna Síria, Iraque, Irã, Paquistão e Afeganistão. Portanto, não podemos apontar para uma região muito específica. Antíoco Epifânio, que era um tipo do Anticristo, governou a região da Síria, mas a Síria antiga abrangia mais do que a Síria moderna, incluindo partes da Turquia e do norte do Iraque.
A única opção que nos resta agora é o Império Babilônico de vir como a oitava besta que era um dos sete e que vai para a destruição (apolea em grego), ou seja, a destruição total e eterna. Isto é exatamente o que a Bíblia diz que vai acontecer com a Babilônia. Em Isaías 13-14, Jeremias 50-51 e Apocalipse 18, lemos que a Babilônia vai sofrer uma destruição tão devastadora que nenhum ser humano jamais vai viver lá novamente. Essas profecias não se referem à queda da Babilônia, a Ciro, o persa em 539 a.C., porque a Babilônia não foi destruída na época.
A Babilônia foi conquistada sem uma batalha e as profecias de Isaías e Jeremias não encontraram cumprimento naquele momento. Abaixo estão algumas das passagens que falam sobre a destruição da Babilônia:
“Babilônia, a jóia dos reinos, glória e orgulho dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou. Nunca jamais será habitada, ninguém morará nela de geração em geração; o arábio não armará ali a sua tenda, nem tampouco os pastores farão ali deitar os seus rebanhos. Porém, nela, as feras do deserto repousarão, e as suas casas se encherão de corujas; ali habitarão os avestruzes, e os sátiros pularão ali. As hienas uivarão nos seus castelos; os chacais, nos seus palácios de prazer; está prestes a chegar o seu tempo, e os seus dias não se prolongarão.” (Isaías 13:19-22).
Esta destruição vai acontecer no tempo da Tribulação:
“Eis que vem o Dia do SENHOR, dia cruel, com ira e ardente furor, para converter a terra em assolação e dela destruir os pecadores. Porque as estrelas e constelações dos céus não darão a sua luz; o sol, logo ao nascer, se escurecerá, e a lua não fará resplandecer a sua luz.” (Isaías 13:9-10).
“Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados.” (Mateus 24:29)
“Por causa da indignação do SENHOR, não será habitada; antes, se tornará de todo deserta; qualquer que passar por Babilônia se espantará e assobiará por causa de todas as suas pragas. … Por isso, as feras do deserto com os chacais habitarão em Babilônia; também os avestruzes habitarão nela, e nunca mais será povoada, nem habitada de geração em geração, como quando Deus destruiu a Sodoma, e a Gomorra, e às suas cidades vizinhas, diz o SENHOR; assim, ninguém habitará ali, nem morará nela homem algum. … De ti não se tirarão pedras, nem para o ângulo nem para fundamentos, porque te tornarás em desolação perpétua, diz o SENHOR. … Estremece a terra e se contorce em dores, porque cada um dos desígnios do SENHOR está firme contra Babilônia, para fazer da terra da Babilônia uma desolação, sem que haja quem nela habite.” (Jeremias 50:13,39-40; 51:26,29)
Essas passagens nos dizem que a Babilônia será destruída para sempre, para nunca ser habitada novamente. Essas profecias ainda não foram cumpridas, pois existem pessoas que vivem hoje na região da antiga Babilônia. Estas previsões referem-se a um tempo futuro na história, quando a Babilônia será a capital política de um reino. Essas passagens também nos dizem que a Babilônia será destruída, como o foram Sodoma e Gomorra, isto é, pelo fogo. Isto é o que lemos em Apocalipse 18:
“Ora, chorarão e se lamentarão sobre ela os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em luxúria, quando virem a fumaceira do seu incêndio, e, conservando- se de longe, pelo medo do seu tormento, dizem:Ai! Ai! Tu, grande cidade, Babilônia, tu, poderosa cidade! Pois, em uma só hora, chegou o teu juízo.” (Apocalipse 18:9-10).
Se todas essas passagens se referem ao futuro, é claro que a Babilônia voltará a ser muito influente nos últimos dias. A Babilônia será, nada mais e nada menos, do que o reino do Anticristo, que é chamado em Isaías 14:4: “o rei da Babilônia“. Este capítulo de Isaías segue a descrição da destruição da Babilônia em Isaías 13 e começa com a restauração de Israel à sua terra quando eles vão cantar um provérbio contra o seu opressor, que será o Anticristo:
“No dia em que Deus vier a dar-te descanso do teu trabalho, das tuas angústias e da dura servidão com que te fizeram servir, então, proferirás este motejo contra o rei da Babilônia e dirás: Como cessou o opressor! Como acabou a tirania!” (Isaías 14:3-4)
Este rei da Babilônia, que oprime Israel também é referido como Lucifer nos versículos 12-15, que deseja ser como o Altíssimo, quando ele diz:
“Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.” (Isaías 14:13-14)
Este é o anticristo declarando que ele é Deus, como lemos em 2 Tessalonicenses 2:
“o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.” (2 Tessalonicenses 2:4)
A passagem em Isaías 14 não está apenas falando de Satanás, como muitos supõem, mas está falando sobre o rei da Babilônia, que será possuído por Satanás e que afirmará ser Deus. Deus também se refere a ele como o assírio na mesma passagem, sem alterar os temas:
“Jurou o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e, como determinei, assim se efetuará. Quebrantarei a Assíria na minha terra e nas minhas montanhas a pisarei, para que o seu jugo se aparte de Israel, e a sua carga se desvie dos ombros dele.” (Isaías 14:24-25)
É interessante que tanto o coração da Assíria quanto o coração da Babilônia estão dentro dos limites de um mesmo país hoje. Esse país é o Iraque e, como podemos ver, o Iraque tornou-se o centro da atenção do mundo nas duas últimas décadas e que isso irá aumentar ainda mais, para que a profecia bíblica possa ser cumprida. Em todos os meus artigos que escrevi sobre a Assíria ser a cabeça da besta que reviveu, não posso ignorar as evidências apontando para a Babilônia como a besta que era e não é, durante o tempo em que João estava recebendo a visão relativa a besta que era, não é e é o oitavo.
Como apontei anteriormente, a besta vai para a destruição, ou seja, ela vai sofrer destruição total e eterna. Para a Assíria não está prometido a destruição eterna, uma vez que vai ser uma nação ao lado de Israel e do Egito, no Milênio (Isaías 19:23-25). A Babilônia, por outro lado, sofrerá a destruição eterna como se vê claramente em Isaías 13-14, Jeremias 50-51 e Apocalipse 18. O fato da Babilônia vir a ser revivida, de uma forma ou de outra, resulta da passagem de Apocalipse. Este poderia ser um renascimento da Babilônia como o reino da besta que não era e que retorna como o oitavo, que era um dos sete.
Toda esta informação vai contra o que eu escrevi em meus outros artigos relativos a Assíria ser a cabeça da besta que reviveu, mas quando algo é apresentado no texto bíblico que parece ir contra a minha posição sobre um assunto, eu tenho que deixar de lado todos os meus pressupostos e submeter-me à autoridade das Escrituras. O fato de que o Império Babilônico poderia ser a cabeça ferida da besta que será curado e que vai para a destruição eterna não pode ser ignorado, mesmo que isso vá contra o que eu acredito.
Gostaria de salientar que este artigo não é uma contradição sobre a minha posição de que a Assíria seria a cabeça da besta que reviveu. É uma perspectiva diferente que pode acontecer de ser a correta pelas razões apresentadas acima. Uma vez que o Anticristo é chamado de a Assíria e de o rei da Babilônia, na mesma passagem de Isaías, também é plausível concluir que a oitava cabeça poderia ser uma combinação da Assíria e da Babilônia já que o Império Assírio dominou a Babilônia e que o Império Babilônico dominou a Assíria, uma vez que o coração de ambos os reinos estão dentro das fronteiras de um mesmo país hoje, ou seja, o Iraque.
Se a Assíria não é a cabeça da besta que reviveu, como eu apresentei em meus outros artigos, a Babilônia será, muito provavelmente, a cabeça revivida. Para a besta é dito que irá para a destruição, ou seja, a destruição total e para a Babilônia foi prometido o mesmo destino na Bíblia. Se o ponto de vista apresentado neste artigo está correto, vamos ver grandes mudanças políticas e econômicas no Iraque e região nos próximos anos. Esta região se levantará do caos para a proeminência política e econômica no Oriente Médio e será a nação que dará a origem ao Anticristo, que será o rei da Babilônia.
Isto coloca um problema, porque o Anticristo é chamado de rei do Norte em Daniel 11 e a Babilônia, no Iraque, fica a oeste de Israel, e não no norte, como exigido por Daniel 11. A possível solução para este problema poderia ser o seguinte: O Anticristo é chamado de Assírio e o coração da antiga Assíria é ao norte-oeste de Israel. Uma vez que a Bíblia não usa o termo norte-oeste, o Anticristo poderá vir dessa região, que curiosamente está dentro das fronteiras do Iraque. Isto é confirmado em Miquéias 5:5-6, como a terra de Nimrod, que de acordo com Gênesis 10:8-11, principalmente Nínive e Babel estão localizados na antiga Mesopotâmia, que está dentro das fronteiras do Iraque.
O outro problema que lemos em Daniel 8 e 11, é que o Anticristo vem da divisão selêucida do Império Grego. A solução para este problema poderia ser o seguinte: a Babilônia e a Assíria estavam sob o domínio selêucida, em outras palavras, parece que o que há para acontecer é um renascimento simultâneo dos assírios, babilônicos e de reinos selêucidas, todos absorvidos por um reino regional.
Esta é realmente a imagem que Apocalipse 13:2 parece pintar, porque a besta tem o corpo de um leopardo, que fala do reino grego (a divisão selêucida é o que está em vista à luz de Daniel 8 e 11), tem a boca de um leão, o que fala do Império Babilônico de Daniel 7, os pés de um urso, que representa o Império Persa de Daniel 7 (a Persia foi absorvida pelo selêucida Unido) e o Império Assírio, que além de ser em si um reino soberano, foi absorvido pelo reinos babilônico, persa e selêucidas também.
Abaixo está um mapa do Império Selêucida, de 198 a.C. Note-se que a Assíria e a Babilônia, estão dentro das fronteiras do Iraque moderno, e foram absorvidos pelo Império Selêucida.

É realmente difícil de descrever em palavras como essas coisas vão acontecer, mas uma coisa é certa; o Anticristo e seu reino são, de um modo ou de outro, uma combinação dos assírios, babilônicos e de reinos selêucidas, tudo de uma vez. Se a perspectiva apresentada neste artigo está correta, o Império Babilônico será ressuscitado e tomará seu lugar, a região do Iraque vai subir à proeminência de tal forma que ela irá, eventualmente, ter mais influência do que qualquer outra nação na política do Oriente Médio.
Quando este cenário se tornar realidade, a cidade da Babilônia será escolhida para ser a capital política e econômica da região, a fim de cumprir a profecia bíblica. O Império Babilônico voltará e fará com que o mundo se maravilhe após a besta que era e que vem de volta à vida. Esta besta será inimigo mortal de Israel, porque em Miquéias capítulo 4, que é uma passagem do tempo do fim, diz que o povo de Israel será novamente levado cativo para a Babilônia. Não é à toa que vemos a voz de Deus dizendo:
“Ouvi outra voz do céu, dizendo:Retirai- vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos;” (Apocalipse 18:4)
Esta é uma referência para os israelenses que estarão em cativeiro na Babilônia, durante o tempo de sua destruição.
Conclusão
Eu apresentei em muitos dos meus artigos que a Assíria seria a cabeça da besta que reviveu, que foi ferida de morte, mas que foi curada, a fim de ser a besta que era antes da época de João, que não era durante o tempo de João e que vai voltar no futuro. O reino da besta que era, e será o oitavo, que foi também um dos sete, que vai para a destruição, ou seja, a destruição total. Para a Assíria não está prometido esta destruição na Bíblia, mas sim para a Babilônia. As Escrituras, não os meus artigos, são a autoridade final. Eu devo submeter-me a ela e considerar que a Babilônia, a Assíria, não como eu tenho apresentado em meus escritos anteriores, poderia ser a cabeça da besta que reviveu. Como Apocalipse 18 nos diz, a Babilônia será o centro dos assuntos políticos e econômicos do Anticristo.
* Artigo traduzido por mim, link original aqui: Could Babylon be the Revived Head of the Beast?
“E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição.” (Apocalipse 17:11)
Quem é essa besta que era e não é, que é o oitavo e procede dos sete? Você pode até levantar a questão: Sete de quê? Os dois versículos antes de Apocalipse 17:11 nos dizem que:
“Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco.” (Apocalipse 17:9-11)
Ao que todo esse simbolismo está se referindo?
A passagem nos diz que as sete cabeças da besta representam sete montes, sobre os quais se assenta a prostituta. Os sete montes, nos é dito, representam sete reis. Na época de João, cinco destes reis tinham caído, um existia na época de João e outro rei viria após a época de João. A besta, nos diz a passagem, é o oitavo rei, mas procede dos sete. Como pode a besta ser o oitavo rei e ainda proceder de um dos sete? A resposta está em Apocalipse 13, onde lemos:
“Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta;” (Apocalipse 13:3)
De acordo com este versículo, uma das sete cabeças da besta sofreu uma ferida mortal, mas esta ferida mortal foi curada fazendo o mundo se surpreender. Isso levanta a questão: Como as sete cabeças da besta representam sete montanhas, que por sua vez representam sete reis; quem são esses reis e qual será o rei que vai ser representado pela cabeça ferida que é curada e volta à vida? Estes reis representados por montanhas são sete impérios, pois a Bíblia em várias passagens nos diz que as montanhas representam reinos. Em Jeremias lemos:
“Pagarei, ante os vossos próprios olhos, à Babilônia e a todos os moradores da Caldéia toda a maldade que fizeram em Sião, diz o SENHOR. Eis que sou contra ti, ó monte que destróis, diz o SENHOR, que destróis toda a terra; estenderei a mão contra ti, e te revolverei das rochas, e farei de ti um monte em chamas.” (Jeremias 51:24-25)
Nesta passagem, Deus compara o Império Babilônico a uma montanha. Em Daniel também lemos que, quando Cristo estabelecer o seu reino, será como uma grande montanha enchendo toda a terra (Daniel 2:35,44). Temos que nos lembrar que um reino e um rei são vistos como um só, não como separados uns dos outros. Ao referir-se ao Império Babilônico, Daniel disse ao rei Nabucodonosor que ele era a cabeça de ouro (Daniel 2:38).
Então, quem são estes sete reinos que são mencionados em Apocalipse 17? Estes são os sete impérios que tinham e que teriam influência sobre o povo e a terra de Israel, como se pode notar, do ponto de vista de Deus, esses reinos não são sobre quem conquistou quem, como os Persas que conquistaram a Babilônia e como os Gregos que conquistaram a Persia, mas sobre quem temautoridade sobre o povo e a terra de Israel.
Agora podemos identificar os sete impérios que tiveram e que terão autoridade política sobre o povo e a terra de Israel.
1. Império Egípcio, que perseguiu o povo de Israel durante a época do Êxodo
2. Império Assírio, que levou o reino do norte de Israel em cativeiro
3. Império Babilônico, que levou o reino do sul de Judá para o cativeiro
4. Império Persa, que quase destruiu os judeus através de Hamã de acordo com o livro de Ester
5. Império Grego, que profanou o Templo Judeu através do rei selêucida Antíoco Epifânio
Estes são os cinco reis ou reinos que haviam caído na época de João.
6. Império Romano, que destruiu Jerusalém e dispersou os judeus no ano 70 d.C.
Este é o rei ou reino que “é“, quando João estava recebendo a visão de Apocalipse 17.
O problema é identificar o sétimo que ainda não havia chegado, mas que quando ele vier, vai continuar por um curto espaço de tempo. Em meus outros artigos eu identifiquei este reino com o Império Otomano, que controlava a terra de Israel. É possível que este sétimo reino também poderia se referir à expansão árabe ou islâmica do século VII que também controlava a terra de Israel. Também é possível que nem o Império Otomano, nem o Império Árabe estejam em vista, mas a vinda da confederação de dez nações que são representados pelos dez chifres da besta. Não podemos saber se essa confederação de dez reis terão influência sobre a terra e o povo de Israel antes do surgimento do Anticristo.
A besta que será o oitavo é também um dos sete. Isso significa que a besta que representa um dos sete reinos voltará no futuro, como um império revivido. Alguns dizem que a besta é um homem, mas em Daniel 7, lemos que uma besta representa um reino, até mesmo que a cabeça do reino também pode ser identificado como a besta, pois ele é o governante do reino. Nossa tarefa agora é identificar qual dos sete reinos será revivido e que retornará como o oitavo animal que vai para a destruição.
Muitos estudiosos de profecias dizem que a cabeça curada da besta é o renascimento do Império Romano. Isso é impossível, porque o anjo diz a João no Apocalipse que a besta que deveria ser revivida, “não era” durante o tempo da revelação do livro do Apocalipse, em outras palavras, esta besta já tinha sido e já não existia à época de João. O Império Romano foi o sexto reino e a besta deveria ser um dos cinco que já tinham caído. Aqui está o versículo novamente:
“E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição.” (Apocalipse 17:11)
O anjo diz a João que o animal “era e não é“, ou seja, já era história passada. O Império Romano era o reino que estava no poder à época, portanto, a besta que era história passada, voltaria novamente como o oitavo reino. Isso nos deixa com cinco opções, a partir dos cinco reinos que já tinham existido e passados quando João estava recebendo a visão. Estas cinco opções seriam:
1. Império Egípcio
2. Império Assírio
3. Império Babilônico
4. Império Medo-Persa
5. Império Grego
Um desses cinco reinos deve ser a besta que será o oitavo rei, que era um dos sete. O texto em Apocalipse diz que a besta, que é o oitavo, vai para a destruição. A palavra traduzida comodestruição é a palavra grega apolea, que literalmente significa “destruição total” e “destruição que consiste de miséria eterna no inferno“, segundo a definição de ‘Strong’. Isto significa que este reino revivido e seu governante vão sofrer a destruição eterna para nunca serem ouvidos novamente. Para o Egito não é prometido a destruição eterna, em Isaías 19 lemos que, apesar do juízo de Deus sobre o Egito, a nação ainda existirá no Milênio, de acordo com Isaías 19:23-25.
Em meus outros artigos eu apresentei a Assíria como a cabeça revivida, já que o Anticristo é chamado de ‘o assírio’. Embora Deus prometa destruir o assírio, o Anticristo, em Isaías 14:25, e de destruir o orgulho da Assíria de acordo com Zacarias 10:11 e de consumir a terra da Assíria à espada, de acordo com Miquéias 5:5-6, a própria Assíria não sofrerá a destruição total e eterna, uma vez que também será uma nação no Milênio, de acordo com Isaías 19:23-25.
A Persia é mencionada como um dos inimigos de Israel nos últimos dias e como um dos aliados do Anticristo, mas à Persia não está prometido a destruição eterna. Desde que o Império Grego foi dividido em quatro cabeças, como é visto no leopardo de Daniel 7, é difícil concluir que o Império Grego voltará para sofrer a destruição eterna. Podemos presumir que a dinastia selêucida poderia ser revivida de alguma forma, já que é dito que o Anticristo viria da dinastia selêucida do Império Grego.
O Anticristo é chamado de ‘rei do norte‘, em Daniel 11:21-45, e de ‘o rei feroz de semblante‘, em Daniel 8:23. Essas passagens referem-se a um governante da divisão selêucida do Império Grego no tempo do fim. O problema é que a divisão selêucida do Império Grego ocupava um território muito grande, incluindo a moderna Síria, Iraque, Irã, Paquistão e Afeganistão. Portanto, não podemos apontar para uma região muito específica. Antíoco Epifânio, que era um tipo do Anticristo, governou a região da Síria, mas a Síria antiga abrangia mais do que a Síria moderna, incluindo partes da Turquia e do norte do Iraque.
A única opção que nos resta agora é o Império Babilônico de vir como a oitava besta que era um dos sete e que vai para a destruição (apolea em grego), ou seja, a destruição total e eterna. Isto é exatamente o que a Bíblia diz que vai acontecer com a Babilônia. Em Isaías 13-14, Jeremias 50-51 e Apocalipse 18, lemos que a Babilônia vai sofrer uma destruição tão devastadora que nenhum ser humano jamais vai viver lá novamente. Essas profecias não se referem à queda da Babilônia, a Ciro, o persa em 539 a.C., porque a Babilônia não foi destruída na época.
A Babilônia foi conquistada sem uma batalha e as profecias de Isaías e Jeremias não encontraram cumprimento naquele momento. Abaixo estão algumas das passagens que falam sobre a destruição da Babilônia:
“Babilônia, a jóia dos reinos, glória e orgulho dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou. Nunca jamais será habitada, ninguém morará nela de geração em geração; o arábio não armará ali a sua tenda, nem tampouco os pastores farão ali deitar os seus rebanhos. Porém, nela, as feras do deserto repousarão, e as suas casas se encherão de corujas; ali habitarão os avestruzes, e os sátiros pularão ali. As hienas uivarão nos seus castelos; os chacais, nos seus palácios de prazer; está prestes a chegar o seu tempo, e os seus dias não se prolongarão.” (Isaías 13:19-22).
Esta destruição vai acontecer no tempo da Tribulação:
“Eis que vem o Dia do SENHOR, dia cruel, com ira e ardente furor, para converter a terra em assolação e dela destruir os pecadores. Porque as estrelas e constelações dos céus não darão a sua luz; o sol, logo ao nascer, se escurecerá, e a lua não fará resplandecer a sua luz.” (Isaías 13:9-10).
“Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados.” (Mateus 24:29)
“Por causa da indignação do SENHOR, não será habitada; antes, se tornará de todo deserta; qualquer que passar por Babilônia se espantará e assobiará por causa de todas as suas pragas. … Por isso, as feras do deserto com os chacais habitarão em Babilônia; também os avestruzes habitarão nela, e nunca mais será povoada, nem habitada de geração em geração, como quando Deus destruiu a Sodoma, e a Gomorra, e às suas cidades vizinhas, diz o SENHOR; assim, ninguém habitará ali, nem morará nela homem algum. … De ti não se tirarão pedras, nem para o ângulo nem para fundamentos, porque te tornarás em desolação perpétua, diz o SENHOR. … Estremece a terra e se contorce em dores, porque cada um dos desígnios do SENHOR está firme contra Babilônia, para fazer da terra da Babilônia uma desolação, sem que haja quem nela habite.” (Jeremias 50:13,39-40; 51:26,29)
Essas passagens nos dizem que a Babilônia será destruída para sempre, para nunca ser habitada novamente. Essas profecias ainda não foram cumpridas, pois existem pessoas que vivem hoje na região da antiga Babilônia. Estas previsões referem-se a um tempo futuro na história, quando a Babilônia será a capital política de um reino. Essas passagens também nos dizem que a Babilônia será destruída, como o foram Sodoma e Gomorra, isto é, pelo fogo. Isto é o que lemos em Apocalipse 18:
“Ora, chorarão e se lamentarão sobre ela os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em luxúria, quando virem a fumaceira do seu incêndio, e, conservando- se de longe, pelo medo do seu tormento, dizem:Ai! Ai! Tu, grande cidade, Babilônia, tu, poderosa cidade! Pois, em uma só hora, chegou o teu juízo.” (Apocalipse 18:9-10).
Se todas essas passagens se referem ao futuro, é claro que a Babilônia voltará a ser muito influente nos últimos dias. A Babilônia será, nada mais e nada menos, do que o reino do Anticristo, que é chamado em Isaías 14:4: “o rei da Babilônia“. Este capítulo de Isaías segue a descrição da destruição da Babilônia em Isaías 13 e começa com a restauração de Israel à sua terra quando eles vão cantar um provérbio contra o seu opressor, que será o Anticristo:
“No dia em que Deus vier a dar-te descanso do teu trabalho, das tuas angústias e da dura servidão com que te fizeram servir, então, proferirás este motejo contra o rei da Babilônia e dirás: Como cessou o opressor! Como acabou a tirania!” (Isaías 14:3-4)
Este rei da Babilônia, que oprime Israel também é referido como Lucifer nos versículos 12-15, que deseja ser como o Altíssimo, quando ele diz:
“Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.” (Isaías 14:13-14)
Este é o anticristo declarando que ele é Deus, como lemos em 2 Tessalonicenses 2:
“o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.” (2 Tessalonicenses 2:4)
A passagem em Isaías 14 não está apenas falando de Satanás, como muitos supõem, mas está falando sobre o rei da Babilônia, que será possuído por Satanás e que afirmará ser Deus. Deus também se refere a ele como o assírio na mesma passagem, sem alterar os temas:
“Jurou o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e, como determinei, assim se efetuará. Quebrantarei a Assíria na minha terra e nas minhas montanhas a pisarei, para que o seu jugo se aparte de Israel, e a sua carga se desvie dos ombros dele.” (Isaías 14:24-25)
É interessante que tanto o coração da Assíria quanto o coração da Babilônia estão dentro dos limites de um mesmo país hoje. Esse país é o Iraque e, como podemos ver, o Iraque tornou-se o centro da atenção do mundo nas duas últimas décadas e que isso irá aumentar ainda mais, para que a profecia bíblica possa ser cumprida. Em todos os meus artigos que escrevi sobre a Assíria ser a cabeça da besta que reviveu, não posso ignorar as evidências apontando para a Babilônia como a besta que era e não é, durante o tempo em que João estava recebendo a visão relativa a besta que era, não é e é o oitavo.
Como apontei anteriormente, a besta vai para a destruição, ou seja, ela vai sofrer destruição total e eterna. Para a Assíria não está prometido a destruição eterna, uma vez que vai ser uma nação ao lado de Israel e do Egito, no Milênio (Isaías 19:23-25). A Babilônia, por outro lado, sofrerá a destruição eterna como se vê claramente em Isaías 13-14, Jeremias 50-51 e Apocalipse 18. O fato da Babilônia vir a ser revivida, de uma forma ou de outra, resulta da passagem de Apocalipse. Este poderia ser um renascimento da Babilônia como o reino da besta que não era e que retorna como o oitavo, que era um dos sete.
Toda esta informação vai contra o que eu escrevi em meus outros artigos relativos a Assíria ser a cabeça da besta que reviveu, mas quando algo é apresentado no texto bíblico que parece ir contra a minha posição sobre um assunto, eu tenho que deixar de lado todos os meus pressupostos e submeter-me à autoridade das Escrituras. O fato de que o Império Babilônico poderia ser a cabeça ferida da besta que será curado e que vai para a destruição eterna não pode ser ignorado, mesmo que isso vá contra o que eu acredito.
Gostaria de salientar que este artigo não é uma contradição sobre a minha posição de que a Assíria seria a cabeça da besta que reviveu. É uma perspectiva diferente que pode acontecer de ser a correta pelas razões apresentadas acima. Uma vez que o Anticristo é chamado de a Assíria e de o rei da Babilônia, na mesma passagem de Isaías, também é plausível concluir que a oitava cabeça poderia ser uma combinação da Assíria e da Babilônia já que o Império Assírio dominou a Babilônia e que o Império Babilônico dominou a Assíria, uma vez que o coração de ambos os reinos estão dentro das fronteiras de um mesmo país hoje, ou seja, o Iraque.
Se a Assíria não é a cabeça da besta que reviveu, como eu apresentei em meus outros artigos, a Babilônia será, muito provavelmente, a cabeça revivida. Para a besta é dito que irá para a destruição, ou seja, a destruição total e para a Babilônia foi prometido o mesmo destino na Bíblia. Se o ponto de vista apresentado neste artigo está correto, vamos ver grandes mudanças políticas e econômicas no Iraque e região nos próximos anos. Esta região se levantará do caos para a proeminência política e econômica no Oriente Médio e será a nação que dará a origem ao Anticristo, que será o rei da Babilônia.
Isto coloca um problema, porque o Anticristo é chamado de rei do Norte em Daniel 11 e a Babilônia, no Iraque, fica a oeste de Israel, e não no norte, como exigido por Daniel 11. A possível solução para este problema poderia ser o seguinte: O Anticristo é chamado de Assírio e o coração da antiga Assíria é ao norte-oeste de Israel. Uma vez que a Bíblia não usa o termo norte-oeste, o Anticristo poderá vir dessa região, que curiosamente está dentro das fronteiras do Iraque. Isto é confirmado em Miquéias 5:5-6, como a terra de Nimrod, que de acordo com Gênesis 10:8-11, principalmente Nínive e Babel estão localizados na antiga Mesopotâmia, que está dentro das fronteiras do Iraque.
O outro problema que lemos em Daniel 8 e 11, é que o Anticristo vem da divisão selêucida do Império Grego. A solução para este problema poderia ser o seguinte: a Babilônia e a Assíria estavam sob o domínio selêucida, em outras palavras, parece que o que há para acontecer é um renascimento simultâneo dos assírios, babilônicos e de reinos selêucidas, todos absorvidos por um reino regional.
Esta é realmente a imagem que Apocalipse 13:2 parece pintar, porque a besta tem o corpo de um leopardo, que fala do reino grego (a divisão selêucida é o que está em vista à luz de Daniel 8 e 11), tem a boca de um leão, o que fala do Império Babilônico de Daniel 7, os pés de um urso, que representa o Império Persa de Daniel 7 (a Persia foi absorvida pelo selêucida Unido) e o Império Assírio, que além de ser em si um reino soberano, foi absorvido pelo reinos babilônico, persa e selêucidas também.
Abaixo está um mapa do Império Selêucida, de 198 a.C. Note-se que a Assíria e a Babilônia, estão dentro das fronteiras do Iraque moderno, e foram absorvidos pelo Império Selêucida.
É realmente difícil de descrever em palavras como essas coisas vão acontecer, mas uma coisa é certa; o Anticristo e seu reino são, de um modo ou de outro, uma combinação dos assírios, babilônicos e de reinos selêucidas, tudo de uma vez. Se a perspectiva apresentada neste artigo está correta, o Império Babilônico será ressuscitado e tomará seu lugar, a região do Iraque vai subir à proeminência de tal forma que ela irá, eventualmente, ter mais influência do que qualquer outra nação na política do Oriente Médio.
Quando este cenário se tornar realidade, a cidade da Babilônia será escolhida para ser a capital política e econômica da região, a fim de cumprir a profecia bíblica. O Império Babilônico voltará e fará com que o mundo se maravilhe após a besta que era e que vem de volta à vida. Esta besta será inimigo mortal de Israel, porque em Miquéias capítulo 4, que é uma passagem do tempo do fim, diz que o povo de Israel será novamente levado cativo para a Babilônia. Não é à toa que vemos a voz de Deus dizendo:
“Ouvi outra voz do céu, dizendo:Retirai- vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos;” (Apocalipse 18:4)
Esta é uma referência para os israelenses que estarão em cativeiro na Babilônia, durante o tempo de sua destruição.
Conclusão
Eu apresentei em muitos dos meus artigos que a Assíria seria a cabeça da besta que reviveu, que foi ferida de morte, mas que foi curada, a fim de ser a besta que era antes da época de João, que não era durante o tempo de João e que vai voltar no futuro. O reino da besta que era, e será o oitavo, que foi também um dos sete, que vai para a destruição, ou seja, a destruição total. Para a Assíria não está prometido esta destruição na Bíblia, mas sim para a Babilônia. As Escrituras, não os meus artigos, são a autoridade final. Eu devo submeter-me a ela e considerar que a Babilônia, a Assíria, não como eu tenho apresentado em meus escritos anteriores, poderia ser a cabeça da besta que reviveu. Como Apocalipse 18 nos diz, a Babilônia será o centro dos assuntos políticos e econômicos do Anticristo.
* Artigo traduzido por mim, link original aqui: Could Babylon be the Revived Head of the Beast?